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"Retornemos a sete anos atrás. Mais precisamente, dia 9 de setembro de 2006. Eu estava a completar doze anos de idade, e de presente ganhei um celular Sony Ericsson cujo modelo, àquela época, estava entre os mais avançados. Eu, sendo um pré-adolescente entediado, fiquei fascinado com o simples aparelhinho que me forneceria horas de distração. Sempre fui um ávido fã de jogos de celular, portanto não me demorei a explorar o meu aparelho, numa busca por jogos. Havia uns quatro deles. O meu preferido era “Treasure Tower”, mas eu também tinha uma relação morna com outro de nome “Deep Abyss” (Abismo Profundo, em português).
Deep Abyss era um jogo em 3D, o que fazia dele mais avançado que os três demais jogos. Talvez tenha sido isso o que prendera a minha atenção ao jogo, pois de resto ele era escasso. Comandos irritantes, gráficos ruins, enredo raso... O jogo consistia em um boneco colocado em terceira pessoa, que tinha como objetivo coletar diamantes o suficiente ao longo de quinze telas – que sempre se passavam, ao que parecia, no interior de um vulcão ativo – para desfazer a barreira vermelha que bloqueava a saída. Seria simples, se não houvesse a pressão do tempo que se esgotava conforme a lava subia. Lembro-me do meu esforço para pegar os diamantes das plataformas mais baixas, para subir às mais elevadas e escapar da lava. O jogo se tornava mais difícil a cada tela, com o acréscimo de pára-quedas, pássaros inimigos, e outros atributos... Enfim, naquela época eu não tive problemas com o jogo. Só me era um jogo sem sentido que eu usava para me distrair.
Avancemos aos tempos atuais, para narrar a minha última experiência com Deep Abyss. Outubro de 2011, eu me mudei de um apartamento para uma casa. A primeira semana na nova casa estava extremamente monótona. Eu não tinha internet, não tinha interesse em sair de casa, e a televisão vomitava informações das quais eu não queria saber... Saquei meu celular, o qual nunca troquei pois sempre fui desapegado às utilidades desses aparelhos. Procurei pelo jogo Deep Abyss. Lá estava ele. Sentei no sofá da sala, banhado pela claridade da tarde, e escolhi um dos níveis aleatoriamente. Era um nível tão confuso quanto um labirinto. Eu não tinha muitas lembranças sobre o jogo, então qualquer nível me seria confuso. Mas esse era, de certo, um pouco complexo. Fui caçar os diamantes, descendo para até as plataformas mais baixas. Mais de uma vez, vi o boneco sendo pulverizado em contato com a lava. Morri muitas vezes, por estar desabituado aos controles e outras funções. Eu procurava seguir as setas pintadas nas paredes, a fim de encontrar uma seqüência certa para pegar os diamantes o mais rápido possível e desbloquear a saída.
Já enjoado, estava pensando em desistir quando reparei que havia uma passagem na parede rochosa da suposta cratera, que eu juraria não ter visto das outras vezes. Pensei eu que era apenas a minha mente cansada brincando comigo. Eu simplesmente poderia não ter visto a passagem antes. Mas eu sou curioso. Tive dificuldades para alcançar a tal passagem, pois não havia plataformas próximas. Voei com um pára-quedas até lá, e segui em frente. Eu fazia as incontáveis curvas através do caminho que aquela espécie de caverna sugeria. Às vezes, eu sentia o tremor do cenário, que indicava que o nível da lava havia aumentado mais um pouco. Mas naquele caminho cavernoso e um pouco escuro, não havia lava. E logo descobri que a lava nunca inundaria os corredores, visto o tempo que já havia se esgotado. Intrigado, continuei. Cheguei a uma área espaçosa, ainda subterrânea, cujas laterais eram ocupadas por lava. No centro, um trono poligonal e mal feito, onde estava um homem de cabelos compridos vestido com um longo sobretudo negro. Também era extremamente poligonal e mal feito, como o boneco que eu controlava. Senti um misto de curiosidade e medo. Eu não imaginava que o jogo possuísse tais elementos. Com receio, guiei meu boneco para até os pés do trono. Visto de perto, notei que o homem possuía dois pontos azuis no rosto, que seriam seus olhos. Ao contrário do meu boneco, que nunca encarava a câmera do jogo, esse desconhecido tinha uma face, ainda que consistisse em apenas um par de olhos.
- Você me encontrou... – Começou a dialogar o homem, sua fala escrita em inglês, é claro. – Crê na saída desse lugar, homem? Quem lhe persuadiu à tamanha farsa? – A tela ficou congelada durante meio segundo, aproximadamente. Ele prosseguiu, então. – Os anjos, imagino... Veja, homem. Os anjos lhe prometeram um lugar junto à luz, se roubasse todos os diamantes por aqui espalhados e encontrasse a saída. Lamento por sua alma. Em vida, era um homem ganancioso. Ainda que morto, permitiu à ganância te fazer fraco aos olhos dos anjos. – Pixels negros desenharam um sorriso torto no rosto do desconhecido. – Entenda que sou o mais antigo residente daqui. Asseguro-lhe, homem... Não existe saída no inferno.
Meu personagem morreu espontaneamente. E ficou a morrer diversas vezes seguidas, me impossibilitando de movê-lo ou de fazer qualquer coisa dentro do jogo. A morte constante não me era o mais intrigante. Tratei de desligar o jogo e o celular, abandonando-o sobre a mesa. O que me intrigara foi o diálogo...
Creepypasta por Gabriel Santos Oliveira, seguidor do Blog “Damas & Games”."
lol até que ficou boa pelo que parece ser a primeira vez
ResponderExcluirbom de qualquer geito a dele nao ficou nas piores creepys
Haha, bom que tenha gostado, Lígia! Fico honrado em ter contribuído...
ResponderExcluirE aos demais leitores, espero que gostem!
Contribuições são sempre bem-vindas!
ResponderExcluirSe quiser, pode mandar mais... Tá acabando o material pra encher lingüiça... >_>
Providenciarei KKK
ResponderExcluirbom eu nao sei se tem alguem aqui no blog religioso alem de mim que sou um pouco mais vim aqui comentar sobre um senador que processou deus la nos estados unidos ve se pode
ResponderExcluirps:essa informação nao tem a intenção de causar polemica
http://noticias.terra.com.br/popular/interna/0,,OI1917073-EI1141,00.html
aqui o link da noticia caso queiram provas do boato
Interessante...
ResponderExcluirUma ação um tanto radical, eu diria, mas uma boa maneira de mostrar o rumo que os Estados Unidos estão tomando.
Acho que ele até poderia fazer algo relacionado à declaração do Congresso americano de que "qualquer alimento que contenha mais de 2 colheres de sopa de molho de tomate é considerado um vegetal".
Pizza é um vegetal, galera.
eeeeeeeee entao ´pizza é saudavel e cachorro quente tambem
ResponderExcluirisso deve ser um engano! esse aparelho deve estar quebrado!
ResponderExcluirhttp://articles.nydailynews.com/2011-11-16/news/30407819_1_school-lunch-pizza-tomato-paste
ResponderExcluirEu já joguei esse jogo.
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