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Acho que era um pouco mais velho que os fãs normais de Pokémon quando consegui meu primeiro jogo, que me lembro muito claramente de ser uma cópia de Pokémon Blue. Como um monte de outras crianças naquele ano, eu recebi como presente de Natal. Em todo o país, inúmeros jogos de Pokémon estavam sendo desembrulhados naquela mesma manhã.
Todos eles vieram da mesma fábrica no Japão, criados em conjunto pelas mesmas mãos. Estavam todos colocados no novo e brilhante Game Boy, ligados pela primeira vez. Lembro-me de que eu tinha um grande sorriso em meu rosto quando eu comecei a minha aventura, sentado ao lado da árvore de Natal, ainda usando um pijama de inverno.
Selecionei Bulbasaur como meu inicial, peguei um Pidgey e um Caterpie, e levei meu time de três homens pelos dois primeiros ginásios sem problemas. Eu achava que tudo estava indo bem. Brock e Misty foram fáceis - apesar de que o Bulbasaur É o modo mais fácil. Pokémon do tipo pedra e água curvam-se para planta. Reconheço que Lt. Surge me deu alguns problemas, mas eu finalmente triunfei após um pouco de insistência. Era um após o outro.
Eventualmente, me deparei com o HM Cut e foi me dado acesso à Route 9 e logo depois, o Rock Tunnel. Levei um dia para navegar através das trevas, mas, no final, eu consegui. Nesse ponto, o mês de dezembro estava chegando ao fim. Eu me trancava no meu quarto por algumas horas todos os dias jogando Pokémon, treinando Pidgeotto, Butterfree, e Ivysaur alguns níveis de cada vez. Eu não me importava. Eu estava me divertindo. Um amigo meu até trocou comigo um Sandslash por um Pokémon qualquer, que elevou meu time para os quatro fortes. Eu achava que o jogo não poderia ficar melhor. Então eu cheguei a Lavender Town.
Por alguns segundos, eu encarei a tela do meu Game Boy enquanto esquema de cores ficava sombrio. A música começou a tocar e eu me senti um pouco mal. A melodia de Lavender Town era melancólica e triste - completamente diferente de todas as outras músicas que tinha ouvido até agora. Eu imediatamente percebi que este lugar era diferente, algo que os desenvolvedores quiseram separar do resto. Eu não sabia de qualquer outra razão pela qual eles tinham feito tudo para que Lavender Town parecesse tão sombria. A música assombrosa seguiu-me em cada edifício, até o Centro Pokemon. Não mais sorrindo, eu esperava impacientemente para que Enfermeira Joy curasse meus Pokémon enquanto os sons deprimentes continuavam. Eu achava que nunca iam acabar.
Tendo ficado em Lavender Town por tempo demais, eu fui para a saída oeste. Tudo estava indo conforme o planejado até que eu percebi que tinha esquecido de verificar principal característica da cidade: a Pokémon Tower. Deitado na minha cama, eu trouxe o Game Boy para perto de meu rosto e apertei os olhos. Tudo era bastante difícil de ver porque o Game Boy, obviamente, não tem uma luz de fundo, então liguei a luz do meu quarto e olhei para a janela. Eram talvez nove ou dez horas. Todos em minha casa iriam dormir logo.
Eu decidi continuar. Enquanto entrava na Pokémon Tower e conversava com os NPCs deprimidos, comecei a perder um pouco do meu foco. Minhas pálpebras estavam ficando pesadas e eu estava apertando botões de um modo subconsciente. Conversei com a mesma garota de novo e de novo sem perceber. Seu diálogo encheu a parte inferior da tela algumas vezes. "Growlithe, por que você morreu? Growlithe, por que você morreu? Growlithe, por que você morreu?" Era estranho como os personagens sempre diziam a mesma coisa. Parecia até que era um erro ou alguma outra coisa - que estes pobres NPCs são fragmentos defeituosos de pessoas reais, condenados a dizer a mesma coisa de novo e de novo até o fim dos tempos. Aqui, pelo menos, isso parecia certo. Eles estavam apenas lamentando.
Eu progredi pelos níveis da torre, derrotei meu rival, e entrei no andar com o quadrado místico de cura. Andei algumas vezes, tentando não tocar nas bordas, não deixando outro "Ghost" aparecer. Eu estava ficando cansado dos meus Pokémon estando imobilizados pelo medo.
Enquanto encarava um dos túmulos de Pokémon, selecionei Sandslash e dei uma olhada em suas opções. O amigo que havia lhe dado para mim já havia ensinado-lhe Strenght. Curioso, optei por usar o ataque e fiquei intrigado ao ler a diálogo do jogo: "You can now move heavy boulders around!" Eu sei que uma lápide não era o que os desenvolvedores tinham em mente para ser movido com Strenght, mas eu fiz Sandslash empurrá-la de qualquer forma. Para minha surpresa, ela se moveu, revelando um pequeno buraco negro em seu lugar. Meu personagem caiu imediatamente por ele.
Eu achava que eu iria aparecer no andar de baixo, mas não. Em vez disso, meu personagem foi cercado por uma tela preta com a música de Lavender Town tocando ao fundo. Eu me ajeitei na minha cama e coloquei o Game Boy debaixo da luz, pensando que poderia distingüir alguma coisa no novo nível se a tela fosse melhor iluminada. Não havia nada para ser visto. Tentei mover meu personagem, mas o jogo só emitia o som "dunt dunt' que sempre toca quando você colide com alguma coisa.
Depois disso, a música de Lavender Town parou de tocar; foi cortada bem no meio. Eu pensava que o jogo havia travado, mas quando tentei mover meu personagem, o som "dunt dunt" se repetiu, me dizendo que eu não podia andar. Havia um nó na minha garganta. Eu estava nervoso. Eu não tinha salvado o jogo há algum tempo e não queria perder tudo que tinha conseguido se desligasse o Game Boy. Atormentado pela indecisão, eu larguei o console, sentei na cama, e coloquei a mão em minha testa. Estava suada e pegajosa. Minha atenção voltou ao Game Boy e vi que os lados do mesmo, onde as minhas mãos haviam estado, também estavam com suor. Eu devia estar com febre.
Eu fui até o banheiro e acendi a luz, olhando para meu reflexo no
espelho. Eu estava branco como um lençol, meus olhos pareciam leitosos e vítreos, meus lábios estavam pálidos, e meu cabelo estava despenteado. Eu havia dedicado todo o meu tempo apenas para Pokémon. Assim que me inclinei para frente para abrir a torneira, alguma coisa no canto do balcão chamou minha atenção. Era o meu Game Boy. Eu não o tinha trazido comigo, tinha? Afastei minha mão da torneira e coloquei-a sobre o pequeno dispositivo eletrônico, puxando-o para cima e franzindo a testa enquanto olhava para a tela. Estava toda preta agora, mas ainda sem movimento.
Talvez fosse porque eu estava confuso por causa da febre ou porque estava muito cansado, mas eu não conseguia tirar os olhos da tela. Minhas pálpebras caíam e eu continuava olhando para o abismo negro, querendo saber para onde o meu personagem tinha ido. A luz que indicava que o Game Boy estava ligado estava acesa, então ele não tinha desligado automaticamente. O jogo ainda estava rodando.
Depois de mais ou menos um minuto, o frio do meu banheiro começou a me incomodar. A sensação de pequenos dedos gelados se arrastaram pela minha espinha e fixaram-se em torno do meu pescoço. Respirei profundamente e voltei a me olhar no espelho.
Meu reflexo tinha sumido.
Em vez disso, eu estava vendo o reflexo do meu banheiro vazio e a porta aberta mostrando o corredor escuro. Esfreguei os olhos algumas vezes, mas o meu reflexo não apareceu. Era óbvio que eu estava tendo algum tipo de pesadelo. Sorrindo para mim mesmo e pensando que era burrice para ficar com medo do que era claramente um sonho induzido pela febre, eu peguei meu Game Boy e girei-o sobre meus dedos algumas vezes. Pronto para me beliscar e acordar, olhei para a tela uma última vez e congeleo. Eu estava olhando agora em uma versão muito pixelizada e distorcida do meu reflexo. Meus olhos estavam negros e minha boca vazia estava escancarada, esticando-se pelo meu rosto. Meus dedos estavam enterrados em minhas têmporas. Música começou a tocar e ficou cada vez mais alta, mesmo eu não mexendo no volume. Não era o tema de Lavender Town. Era mais sinistro, menos construído. Não demorou nem um minuto para que eu percebesse que era a música sendo tocada ao contrário.
Deixei cair o Game Boy, que bateu contra o azulejo do banheiro. A parte de trás abriu e as baterias voaram e rolaram para a porta. Passando minhas mãos pelo meu cabelo bagunçado e suado, deixei minhas pernas cederem e apoei-me na parede, beliscando-me, tentando me acordar. A música foi ficando cada vez mais alta, mesmo com o Gameboy caído no chão, sem baterias. Meus olhos vidrados voltaram-se para o espelho.
Estava inteiramente preto, como se ele e o Game Boy tinha trocado de imagem. Meu coração começou a bater muito rápido e eu podia sentir os dedos gelados raspando minhas costas, me forçando a olhar por cima do meu ombro. Foi então que as luzes no banheiro apagaram-se, deixando tudo em escuridão. Eu gritei e procurei desesperadamente pelo o interruptor de luz, tentando ligá-la novamente. Eu devo ter virado para o lado errado, porque, logo, eu estava encarando o espelho de novo, que tinha um pouco de brilho, como a fraca tela de um eletrônoco. Eu gritei e bati minha mão contra ele, esperando senti-lo quebrar sob meu punho. Nada se quebrou. Tudo o que eu ouvi foi um baixo "dunt dunt".
Eu me virei e tentei sentir algo na escuridão, mas era como se todas as paredes haviam dr fechado em torno de mim. A música ainda tocava em meus ouvidos, quente e enervante, fazendo minha cabeça querer estourar. Lágrimas liberaram-se de meus olhos enquanto eu lutava, mas não havia para onde ir. Dunt dunt. Dunt dunt.
Dunt dunt."
Original: Creepy+Pasta
É isso o que acontece com quem não escolhe o charmander.
ResponderExcluirEu não escolho o Charmander. :c
ResponderExcluirpor isso que eu gosto dos primeiros pq alem de ser sinistro e ter essas coisas tem o charmander
ResponderExcluirAté aí, a segunda geração também preenche os requisitos...
ResponderExcluirPergunta: COMO ELE ESCREVEU ESSE RELATO???
ResponderExcluirTava tudo indo bem até ele ir no banheiro poxa vida.
~mágica~
ResponderExcluirMelhor nem entrar muito em detalhes, senão estraga. :P
na boa pega squirtle, e melhor
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