quinta-feira, 16 de junho de 2011

Predador

Se você tiver algum creepypasta, mande para damasegames@gmail.com



"Certo, isso provavelmente vai soar estranho, mas é o que aconteceu comigo. Eu não sei bem o que devo fazer, e, provavelmente, ninguém pode me dizer o que fazer – isso já me cansou, e eu não sei se consigo continuar por muito tempo.
Meu nome é Richard Talsey, e eu vivo no pequeno subúrbio de uma cidade (desculpe, mas não vou dizer aonde é). Tenho 72 anos, vivi uma vida feliz, e ainda tento aproveitar o máximo dela. Minha esposa morreu há 6 meses, meu filho vende fantasias, e eu tenho três lindos netos. Eu pensei que tinha dominado tudo o que a vida colocou à minha frente, mas parece que eu estava errado.

Tudo começou há uma semana, num fim de semana. Depois que a minha esposa morreu – deus a abençoe – eu percebi que a casa que nós havíamos comprado era muito grande para eu viver sozinho, então, decidi me mudar para uma casa menor que iria atender melhor às minhas necessidades (menos limpeza, menos medo de ladrões...) Eu consegui contatar um cara que tinha uma oferta, e consegui fazer um bom negócio. Eu deveria ir para lá na semana que vem, mas, agora, não tenho certeza... Não sei mais o que vai acontecer.
Como eu disse – eu estava prestes a me mudar, então eu finalmente consegui uma desculpa para limpar o sótão. Eu não sou mais tão apegado às coisas, então a bagunça lá era mais por causa da minha preguiça do que qualquer outra coisa. Eu me livrei da maioria dos pertences da minha esposa nos meses após sua morte – alguns foram para o meu filho, meus netos quiseram uma coisa ou outra, o resto tinha sido vendido ou jogado fora – então não havia MUITO para arrumar, quase tudo eram móveis velhos, algumas velhas pinturas a dedo de quando meu filho tinha três anos, algumas coisas dos meus netos, jornais velhos, coisas assim. Eu achei que não ia fazer mal tentar tirar algum dinheiro daquilo (e eu não tinha nada melhor para fazer no fim de semana), então eu me inscrevi para a venda de garagem que acontecia na minha vizinhança a cada dois meses e escolhi o que eu iria vender depois de perguntar para a minha família se eles queriam guardar algo. Eles disseram que não queriam nada, então, no domingo de manhã, eu peguei a maior parte das coisas e coloquei uma velha mesa na frente da minha casa.
Eu acho que não deveria ter feito isso. Eu queria não ter feito.
Eu ainda me lembro vividamente – era um dia de sol, e eu pensei “Este vai ser um belo dia”. Eu me sentei numa cadeira do jardim, aproveitando a luz, comendo cachorros quentes, simplesmente vivendo a vida. Eu percebi que ainda não tinha tirado a placa de “À venda!” do gramado da frente, e que deveria me livrar dela antes que as pessoas percebessem.
Minha casa fica meio longe da rua principal, então poucas pessoas vieram para comprar, mas, ainda assim, consegui me desfazer de muitos dos móveis, das pinturas, e da maioria dos brinquedos dos meus netos. Felizmente, lá não era tão movimentando quanto as ruas principais, mas eu ainda podia sentar e aproveitar o sol – então, qual era o problema? Eu devia saber que isso era muito bom para ser verdade.
Era mais ou menos 16h00min quando aconteceu. Eu estava assistindo um pássaro tentando capturar uma minhoca, quando, subitamente, um arrepio percorreu a minha espinha. Não sou uma pessoa supersticiosa, mas, ainda assim, olhei por cima do ombro. Parecia ser algum tipo de mau pressentimento. E foi aí que eu o vi.
Um cara, de uns 18 anos, aparentemente normal e inocente, lentamente dirigiu até a minha casa. Não havia nada de especial sobre ele, mas eu não consigo explicar – havia algo nele que me deixava nervoso, algo em seus olhos – parecia que ele estava sendo seguido, caçado, havia um brilho inquieto em seu olhar. Cautelosamente, ele olhou ao redor enquanto parava o carro e saía, e, por um segundo, eu pensei que ele estava verificando se a barra estava limpa para ele poder me assaltar – mas a rua não é TÃO vazia assim, e eu sei que meus vizinhos teriam vindo imediatamente, então me forcei a sorrir e o cumprimentei.
Ele não respondeu, simplesmente me encarou com os olhos arregalados e um leve ar de nojo em seu rosto. Eu percebi que ele estava fixando meu olho cego (eu tive catarata há alguns anos) com clara repulsa, e lembro de pensar o quão rude isso era. Depois de alguns momentos embaraçosos de silêncio, eu engoli a ofensa, limpei a garganta, me forcei a sorrir de novo, e perguntei como podia ajudar.
Quando comecei a falar, ele recuou, como se eu tivesse acabado de acordá-lo de alguma espécie de transe. Ele olhou por cima do ombro e murmurou algo sobre “videogames velhos”. Eu lembrei que meu neto tinha um Nintendo, então me levantei, disse que voltaria logo e fui rápido até a garagem, já que eu não queria que ele ficasse sozinho com todas aquelas coisas. Eu peguei a velha caixa com jogos (o console já tinha sido vendido) e voltei para fora, quase esperando vê-lo fugir com o que estava à mostra – mas, ao invés disso, ele simplesmente estava olhando para as pinturas a dedo do meu filho com um olhar distante. Eu comecei a me sentir extremamente desconfortável com aquele cara por ali, e achei que ele estava drogado.
Ele não percebeu minha presença até que eu tivesse voltado para a mesa e limpado a garganta. Eu não achava que ele estivesse viajando tanto assim, mas o garoto deu um grito, pulou e rosnou para mim como um animal. Instintivamente, eu dei um passo para trás enquanto o rosnado tornava-se um riso tímido, o qual aumentou e se transformou numa alta risada maníaca. O tempo todo, ele me olhou com um tipo de curiosidade sinistra que me deixou MUITO desconfortável. Depois de ficar sem fôlego, ele ficou parado lá, levemente inclinado como se estivesse se preparando para me atacar, respirando pesadamente. O brilho de loucura em seus olhos se intensificou. Talvez fossem só os meus nervos, mas tinha algo errado com esse garoto. Meus instintos me diziam para correr, para entrar na casa e trancar todas as portas e simplesmente não me importar com o que acontecesse com as minhas coisas. Eu queria ter feito isso. Eu queria fazer – mas não conseguia me mover, paralisado de medo, enquanto ele ficava ali, simplesmente me encarando sem piscar, um sorriso torto congelado em seu rosto. De novo, alguns momentos constrangedores se passaram antes que eu nervosamente colocasse a mão na caixa, puxasse o que estivesse mais próximo e desse para ele.
Eu esperava que ele não percebesse que minha mão estava tremendo de medo.
Com um movimento brusco, ele tirou o jogo de mim e o inspecionou, virando-o de novo e de novo em suas mãos como se tivesse encontrado algo especial. Ele ficou quase um minuto examinando cada centímetro daquele jogo – ainda não sei qual era – até que congelou de repente, sua cabeça virou em minha direção, e seu olhar parecia ver através de mim.
“Quanto é?”, ele rosnou novamente, e algo sobre sua voz fez meus instintos acordarem de novo, e precisei usar toda a minha força de vontade para não correr até que não conseguisse mais. Nesse momento, eu teria feito qualquer coisa para ir o mais longe que pudesse, e tinha a terrível sensação de que eu deveria deixá-lo feliz com o preço.
Eu reuni o que restava da minha coragem, lambi meus lábios secos, sorri nervosamente e lhe disse que ele poderia levar de graça, que era só algo que meu neto deixara ali e não precisava mais – não me lembro mais o que eu disse exatamente, eu só queria que ele fosse embora, para bem longe de mim. Por um momento curto e sem fim, ele ficou ali, me olhando, então seu sorriso ficou um pouco mais largo e ele assentiu. “Que boooooooom”, ele disse, pelo menos, eu acho, era mais um som com o “oo” prolongado, que durou uns 10 segundos, se não mais.
“Obrigado.” Ele assentiu novamente e voltou para o seu carro, e eu senti como se um peso enorme tivesse sido tirado dos meus ombros. Forcei-me a sorrir e disse algo como “Bem, se divirta com o jogo... Adeus, cara...” (no original, “goodbye, man”), mas ele me ignorou completamente, entrou no carro e saiu dirigindo. Eu vi o carro percorrer a rua inteira, onde virou e sumiu atrás da curva, mas algo ficou para trás – o sol não parecia mais tão quente, os pássaros tinham parado de cantar, e eu estava sentindo uma náusea estranha.
Naquela tarde, eu queimei todas as pinturas a dedo do meu filho. Elas pareciam infectadas, sujas de uma forma distorcida, e eu nem conseguia mais olhar para elas, quanto mais tocá-las. Enquanto tornavam-se cinzas, era como se uma parte de meu passado entrasse em chamas, mas era um alívio – como se eu tivesse trocado uma parte do meu passado para ser resgatado de um grande mal.
Se ao menos eu soubesse que esse era apenas o começo.
À noite, eu tive um sonho. Sonhei que o cara estranho estava na frente da minha cama, me encarando com seu olhar lunático, simplesmente olhando, rosnando levemente a cada vez que expirava, enquanto eu não conseguia mover um músculo. E, enquanto eu estava parado ali, seu rosto foi chegando mais perto, ficando maior, até que seus olhos tomados por loucura ocuparam todo o meu campo de visão, e então seus rosnados começaram a se tornar palavras: “Eu sofro por sua causa.”
Eu acordei tremendo e comecei a procurar furiosamente pelo interruptor do meu abajur, derrubando minha garrafa de água e o telefone. Quando finalmente liguei-o, levei vários minutos para perceber que tinha sido somente um sonho. Tinha sido muito real, e eu não consegui dormir pelo resto da noite.
No dia seguinte, contei ao meu filho, Thomas, sobre o incidente. No começo, ele riu, mas, quando percebeu que eu estava falando sério, concordou em vir até a minha casa. Porém, eu não conseguia ficar lá dentro, então nós fomos até o centro da cidade e caminhamos pelo parque enquanto eu lhe contava, com detalhes, sobre o que tinha acontecido. Depois que terminei, ele ficou em silêncio por um tempo. “Bom, pai”, ele finalmente falou, “Eu acho... Não sei o que pensar. Mas ele já se foi, não?”
Eu acho que a situação realmente o incomodou. Eu nunca fui o tipo de pessoa que se assusta facilmente, nunca fui supersticioso e acho que essa era a primeira vez que ele tinha me visto perturbado assim. Eu fingi que estava melhor e o disse que desabafar tinha ajudado, apesar de que não tinha. Havia algo que vinha me desconcertando desde que eu tinha conhecido aquele cara, uma essência inquieta e sinistra da qual eu não conseguia me livrar, por mais que tentasse. Eu me peguei olhando por cima do ombro várias vezes, sempre com medo de vê-lo atrás de mim, rosnando em sua voz inumana, me encarando com seus olhos perturbadores...
Naquela noite, eu tentei não dormir. Instalei-me na frente da televisão, enchi uma garrafa com café e outra com chá preto e liguei todas as luzes na casa. Mesmo assim, às 03h00min, eu comecei a perceber que estava caindo no sono, e finalmente decidi me render à tentação e simplesmente dormir no sofá, com as luzes ligadas.
Eu acordei meia hora depois, gritando. Não me lembro muito do sonho que tive, mas o homem-animal estava lá, batendo na minha porta, e, quando não abri, ele a quebrou. Dessa vez, ele tinha presas e garras, e, quando rosnava para mim, seus olhos ganhavam um leve brilho amarelo... Eu me lembro de correr por uma floresta escura, então senti algo atingindo nas minhas costas, caí, e então – nada.
Tremendo, eu chequei as janelas. Nada parecia errado – estava escuro e silencioso lá fora, as luzes da rua e a lua iluminavam o bastante para ver que não ninguém estava lá, quando, subitamente, um barulho veio de cima. Imediatamente, eu congelei, ouvindo o silêncio. Então, ouvi de novo – um baque baixo, como se algo – ou alguém – estivesse no teto.
Eu estava assustado demais para ir ver o que era, mas o som voltou a se repetir quase meia hora depois que parou. Eu consegui dormir mais duas ou três horas antes do sol nascer, e não consegui voltar a dormir depois disso, então fiz mais café e tomei banho por meia hora – mas mesmo isso não foi o suficiente para me livrar da sensação assombrosa que continuou tomando conta de mim. Depois disso, me obriguei a tomar café da manhã e decidi sair para caminhar de novo, a fim de limpar a mente, dizendo para mim mesmo que eu iria me mudar logo e nunca teria de vê-lo novamente.
Funcionou. Pela primeira vez desde que eu tinha conhecido o garoto, eu consegui relaxar um pouco, fazendo coisas que homens da minha idade gostam de fazer – alimentar patos, andar por aí sem rumo, tomar um chocolate quente num café qualquer. O suspense do encontro finalmente se desprendeu do meu peito e eu consegui pensar em outras coisas, e me senti genuinamente aliviado quando voltei para casa lá pelas 17h. Eu estava para estacionar quando meu vizinho, Tyler, acenou para mim e foi até o carro. Eu percebi que ele parecia um tanto nervoso.
“Ei, Tyler”, eu o cumprimentei. “Como você vai?” – “Oi, Richard...” Eu não estava enganado – Tyler ESTAVA nervoso. “Hmm, você estava esperando visita? Como, um cara jovem?”
Meu sangue congelou.
“Tinha um cara de uns 18 anos tocando a sua campainha mais cedo. Ele também estava lá ontem, tocando furiosamente quando você estava no parque, e, hoje, ele tocou a minha e começou a fazer perguntas sobre a sua família... Você sabe de quem eu estou falando?” Eu só consegui assentir levemente, e todo o sangue deve ter fluído para a minha cabeça. “Richard... Você está bem?”, Tyler me perguntou. Eu me lembro vagamente de ele me ajudar a sair do carro. Eu posso estar enganado, mas juro que havia um leve fedor no ar enquanto eu ia até a porta. O fedor de um animal selvagem. O cheiro de um predador.
Minhas memórias não são claras durante a uma hora que se passou. Tyler ainda estava comigo, eu me lembro de ele me dar um copo d’água. Finalmente, ele me contou o que tinha acontecido. O garoto predador tinha voltado. Ele tocou a campainha furiosamente, e, então, bateu na minha porta. Igual ao meu sonho. Ele tentou arrombar a porta, mas desistiu, deu a volta na casa e tentou encontrar outro ponto de entrada. Agradeço por ter me lembrado de trancar todas as janelas. O pensamento de voltar e ele estar lá ainda me assombra.
Finalmente, o garoto predador começou a incomodar meus vizinhos. Ele foi até Tyler, que estava cortando a grama, e Tyler o descreveu bem como eu lembrava – até mais esquisito. Ele parecia ter olheiras enormes, cabelo mal cuidado, e um olhar selvagem, e ele queria saber coisas sobre a minha família. Mais especificamente, sobre meu neto.
Tyler pensou rápido e inventou alguma coisa sobre eu não ter família e meu neto ser parente de outra pessoa e ter morrido há alguns anos. Nesse ponto, eu estava assustado demais até para pensar, e interrompi Tyler, fui até o telefone e liguei para o meu neto. Ele tinha sido o dono do jogo que eu havia dado para o garoto predador. O pensamento de meu neto sendo perseguido por ele me dava calafrios.
Ele não atendeu.
Naquela noite, eu tive outro pesadelo. Eu estava parado na frente de um tipo de altar de pedra, no meio de uma floresta. Eu podia ver a lua cheia brilhando entre as folhas, mas ela estava da cor do sangue, e parecia não-natural e... Má. Não consigo definir o que era, mas havia algo no ar, algo estranho, agora errado, e que me deixou extremamente assustado.
Enquanto eu olhava ao redor, ouvi um barulho atrás de mim. Virei-me, e, pelo canto dos olhos, vi uma sombra sumir. Então, ficou silencioso novamente. Subitamente, algo me atingiu na nuca, e eu me virei de novo – e ele estava lá, o garoto predador, em cima do altar de pedra. Ele agora era totalmente inumano, mas eu sabia que era por causa do brilho louco em seus olhos, mesmo que sua pele tivesse sido substituída por pêlo oleoso e embaraçado, e seu rosto fosse uma cópia de um rosto humano, misturado com o focinho de um animal e grandes dentes amarelos. Enquanto ele me observava, sua face lentamente foi mudando, até que se transformou na face do meu neto, olhando para mim com uma expressão de medo e agonia. Eu acordei, tremendo de medo de novo.
Depois de alguns segundos ouvindo na escuridão, eu escutei o baque de novo. Ele estava aqui. Ele estava no meu telhado. Por um segundo, eu hesitei, mas tudo isso tinha se tornado real demais para mim – meu neto estava em perigo, e, por ele, eu iria confrontar a abominação. Eu iria matá-la.
Sem ligar a luz, eu me vesti o mais rápida e silenciosamente que pude e peguei o revólver que sempre deixo guardado no meu quarto. Eu não sou do tipo que puxa o gatilho com um sorriso, e eu nunca tive que usá-lo – fazia anos que eu tinha atirado com ele, e eu só esperava que não parasse de funcionar agora. Cuidadosamente, subi as escadas para o segundo andar, e até o sótão. Com o coração batendo rápido, encostei a orelha na porta. Ouvi sons fracos de arranhões. Alguém, não – algo estava lá. E eu sabia o que era.
Respirei fundo. Eu devia ter trazido uma lanterna, mas, agora, teria que fazer isso no escuro mesmo. Mas, felizmente, a lua ainda estava cheia e meus olhos já tinham se adaptado à escuridão – e meu sótão tem janelas grandes. Um segundo se passou, dois, respirei fundo de novo, um momento curto de hesitação – então abri a porta e levantei a arma.
Uma sombra pulou em mim, algo pesado me jogou para trás e eu senti dentes afiados se enterrarem no meu antebraço. Em pânico, atirei no ar, e, subitamente, o peso tinha sumido, e uma grande sombra peluda se arrastou pelo sótão, sempre com cuidado para permanecer no escuro. Então, pulou por uma janela.
Ela estava quebrada. Alguém tinha estilhaçado-a por fora e eu nem tinha percebido.
A criatura tinha estado dentro da minha casa o tempo todo.
Isso foi ontem. Eu saí da casa com a minha arma e disse ao meu filho e aos meus netos para irem a algum lugar seguro. Para não sair à noite. Para não falar com estranhos. Eu passei o dia pesquisando sobre o incidente. Tyler, o esperto Tyler, copiou a placa do carro daquele cara. Eu consegui encontrar o endereço. Eu sei aonde a criatura vive. E eu vou enfrentá-la.
Eu passei a noite passada no quarto de um hotel fora da cidade. Tive pesadelos novamente, a criatura atormentou meu neto de novo. Não vou mais tolerar isso. Vou terminar isso de uma por todas, pela minha família, pelo seu futuro. Enquanto escrevo isso, tenho minha arma carregada ao meu lado e nada a perder. Eu não sei como chamei sua atenção, porque me escolheu, ou como meu neto entra nessa história. Talvez tenha sentido seu cheiro no jogo. Talvez queira me provocar, matando minha família, antes de acabar comigo. Talvez eu esteja lentamente ficando louco. Eu realmente espero que esse seja o caso, porque, assim, minha família não tem como se machucar.
Eu vou fazer com que isso não aconteça. Vou mandar esse sumário do meu último dia para o meu neto – ele está velho o bastante e tem o direito de saber o que lhe espera caso eu falhe. Eu vou dirigir até seu apartamento essa tarde, saindo daqui às 16h. Isso queria dizer que eu irei enfrentar a besta uns 20 minutos depois. Se meu neto não tiver notícias de mim depois das 19h, ele vai saber que eu não consegui e vai espalhar esse arquivo para quem quer que se interesse.
Thomas, eu sempre te amei e você é meu orgulho. Eu não poderia desejar um filho melhor. E meus netos – eu amo todos vocês. Eu queria ter sido um avô melhor, mas acho que não temos mais muito tempo para ficarmos juntos. Eu os amo. Por favor, não me esqueçam.
Eu amo vocês.
Richard
---------
 Meu avô me mandou esse arquivo há dois dias. Desde então, não sei o que aconteceu com ele. Na sua casa, vimos uma das janelas quebradas e, por dentro, achamos traços de sangue e fezes de um animal. A polícia disse que era de uma marta. Mas eu não sei se é bem isso.
Eu andei falando com algumas pessoas, e as da faculdade não souberam nada de um homem velho no campus. Eu não sei o que aconteceu. Eu só espero que ele esteja bem. Até agora, não tive nenhum encontro estranho, mas eu tive um sonho ontem à noite. Eu estava numa clareira na floresta, e começou a nascer pêlo em mim, e eu uivei para a lua, e então... Eu não sei. Provavelmente, isso é tudo.
Eu não contei aos meus irmãos, Rosa e Matt, sobre isso. Nem meu pai sabe nada além do que ele conversou com meu avô no segundo dia. Eu não quero envolver eles nisso. Eu tenho a sensação de que isso é algo com o qual eu vou ter que lidar, mas o último desejo do meu avô era publicar essa história, então, seja o que for.
Se você sabe algo sobre isso ou tem idéia do que pode ter acontecido, me avise. Eu só espero que nada aconteça.
-Ben"

Nuntendeu nada? Então clica aqui.

Original: Creepy + Pasta

28 comentários:

  1. OMFG!!!!!!!!!!!

    BRIICKS WERE SHAT"!

    O JADUSABLE = LOBIXOMEM?

    NOOOOOOoOOOOo!!! *escolha, Docinho ou Darth Vader*

    MAS QUE ORRA É ISSO!

    isso eh um tremendo mindfuck ou um Genjustu do Ben no velhinho... deixa eu terminar de ler!

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  2. tô até imaginando...

    FY_BEN: Jadusable CsMaps!!

    CT - matar o lobisomem
    T - Matar tudo que se mexa.

    APERTE FOGO PARA COMEÇAR !!

    -=-=-=-=-

    *Go,go,go!*

    Velhinho: Carregando armas...

    b14 b43 b82 b84 b83 b83 .,.,.,.,.,. q

    PRONTO PRA MATAR CACHORRO!

    *sai pulando, trocando a desert com a faca*

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  3. um abraço bem forte pra quem ainda se lembrar do quê que o velhinho comprou ai em cima ^^

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  4. PERA!

    Esses cinco personagens (Thomas, Tyler, Matt, Rosa e o Richard) não são os envolvidos no tal ritual apocalíptico da queda da lua na PARTE 2 do jogo??

    Alguém usou muito a canção do tempo...

    ultima piadinha

    Richard Talsey = Richter Belmont

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  5. perdi o fio da meada...

    parte 1 - 4chan e Youtube
    parte 2 - Site do youshouldnthavedonethat. Hackers em ação

    parte 3 - Aliança com Herobrine
    parte 4 - Lobisomem Mindfuck

    ???

    PROFIT?

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  6. ben? como pode e agora em quem nos acreditamos jadusable ou ben? se sabe que ben tem a vasta internet para se comunicar ele pode mudar arquivos ou seja ele é um mentiroso e ai qual lado vamos defender jadusable ou ben? eu ainda num sei qual antes quando eu lia sobre ben eu ia ajudar a jadusable mais agora to em duvida qual é o verdadeiro

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  7. eu tenho medo de ben mais agora que eu vi sobre o jadusable eu ñ sei em quem confiar vamos mandar a versao inglesa para o forum do youshold haven done para ver o que eles falam la e se o jad aparece

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  8. a eu ligia eu acho melhor a gente volta a investigações sobre o jadusable e ben e ver as teorias e todos os que quizerem ajuda falem sobre suas teorias

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  9. http://www.newgrounds.com/portal/view/340846 olha esse video do super mario que engraçado

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  10. nao faz muito sentido, se o lambi homem for o jedusable, pq o ben escreveu no final falando sobre o seu avô? Ben não deveria estar morto? desculpe se entendi errado mas foi isso que eu entendi...

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  11. Ok, vamos lá, um comentário por vez...

    @Anônimo
    Tl;dr Um espírito maligno agora é um totó enorme sedento de sangue.

    @luiz
    Não falo nada porque sou noob em CS. :P
    Mas, enfim, o Matt e a Rosa, estavam, sim, envolvidos na parte 2 do ARG.
    "08h20min – Não dormi nada, vou agora começar meu dia. Não acho que tenho energia para ir para a aula hoje, vou voltar para falar com aquele velho, levando meu amigo Tyler, só no caso de eu precisar."
    Mas Richard e Thomas, pelo que eu me lembre, não aparecem...

    @Marcos
    Acho que sempre teve essa dúvida. Quando "Jadusable" começou a escrever o súmario dos três dias, o BEN já tinha sido lançado na internet. E a parte em que o tal colega do quarto narra, é, na verdade, o BEN narrando.
    Quem sabe se o resto não é ele também?
    Quem sabe se ele não está lançando informações por aí?
    Quem sabe se nenhum de vocês é o BEN?
    O fato é que, nesse ARG, a única pessoa em que você pode confiar é no IRL Jad. Não acredite completamente nem no thetruth.rtf

    @draco
    O Jadusable seria o lobisomem. O velho que dá o Majora's Mask a ele é o avô do Ben, e o Ben não está morto (pelo menos, nesse creepypasta).
    Então, o que o Ben escreveu no final está se referindo ao velho. :)

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  12. isso eu entendi, mas o Ben deveria estar morto, fica um pouco confuso com ele escrevendo no final, pq jedusable esta sendo atormentado por Ben, a não ser que o velho tenha dois netos chamados Ben -qq CORRAM PARA AS COLINAS

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  13. Rirairia, é um clone. :>
    Bom, acho que o negócio seria assim...
    O Ben não estaria morto, e o Jad-Totó estaria tentando chegar a ele de alguma forma, por algum motivo misteriooooso.
    Nesse caso, acho eu, a creepypasta original seria só uma viagem muuuuito grande do Jad-Totó. '-'

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  14. O que eu posso dizer? Eu imitei o cara na hora do "Que booooooooom." XD

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  15. Droga, eu sabia que devia ter traduzido como "que ótimo". XD

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  16. Não ia adiantar de nada, eu ia imitar feito um mongolóide de qualquer jeito. XD

    E agora que eu li a história do Jadus-sei-lá-o-quê, ainda não consegui entender nada, mas estou cagando de medo. Sou um cagão pra creepypastas, a culpa não é minha se tava interessante. D=

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  17. luiz, o cão covarde20 de junho de 2011 às 10:25

    Qual o nome do sobrinho barbeiro da Muriel, no desenho do Coragem! Tem até uns creepypastas falando sobre ele. o nome em inglês parece ser Crazy alguma-coisa.

    "You are so... naaaaaaaaaaaaaaaaaughty..."

    como foi que isso foi traduzido mesmo? até lembro que esse episódio raramente passava. *calafrios*

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  18. @The Sandman
    Ah, então bem vindo ao grupo. o/
    Te garanto que a creepy do Jadusable é, por enquanto, a pior que você vai conseguir encontrar por aí. XD

    @luiz e as coisas que você não faz por amor
    Caramba, até sobre isso?
    Bom,vou dar uma pesquisada pra ver se encontro algo.
    Pronto, encontrei algumas coisas.
    O nome dele é Freaky Fred, traduzido como Fred Esquisitão. O bordão dele foi traduzido como "Você é muito... Crueeeeeel..." (E ele tinha umas unhas muito fashion. Ui.)
    Episódio: http://www.youtube.com/watch?v=Q6FqzFeXXyU

    Pqp, amava esse episódio.

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  19. @Lígia

    Tô com medo que este comentário seja dildos...

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  20. Sobre o creepypasta, o cara encontrou um CD no túmulo do amigo dele, 2 dias depois do suicídio.

    (não... CD de vídeo msm. não é um CrossDresser/Trap, mas seria hilário se fosse)

    No meio, as coisas ficam "hyper-realistics" e no final, parece que o cara se mata...

    -=-=-=-
    E aí, rola Creepypasta do Neymar?

    "Village Boys Murder"

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  21. É, são dildos.

    Enfim, wtf, parece que esses creepys de episódios perdidos sempre acabam parando no estilo hiper-realista. O Suicídio do Lula Molusco 1 e 2, Dead Bart, Freaky Fred... O único que não acaba por aí é o Suicide Mouse.

    Aaaah, creepypasta do Neymar não, já basta os trolls sujando o gênero, não precisa de jogador nojentão também. :/

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  22. Mas espera o BEN pode so o lobixomem porque ele comprou um jogo do velho quem sabe esse nao e o jogo que o lobisomem deu pra alguem que era um veio e que vendeu esse jogo aiaiadjdipasj a sei la me confundi nao e nada disso.

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  23. Ben VIVO?
    PUTAQUETEPAREUSAIDEMINCAPETADOSSANTINCRISTO!

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Comenta, pelo amor de deus.