quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Não joguem hacks, por favor

Isso não é um post para dar um sermão naqueles que jogam hacks.
Essa é outra historinha para animar ou atormentar a semana de vocês.
Quem não gosta, é só não ler.
Mas eu digo que essa é um pouquinho melhor do que a do Halloween.

Esse creepypasta já vem circulando há um bom tempo na internet, não sei dizer exatamente há quanto tempo, e é sobre um jogo chamado Pokémon Black não, não é o novo. Não exatamente um jogo, mas um hack.
(Novamente, eu traduzi, então me perdoem se aparecerem partes estranhas ou erros ortográficos.)



Eu sou o que você pode chamar de colecionador de hacks de jogos de Pokémon. Pokémon Diamond e Jade, Chaos Black, etc. É incrível a freqüência com a qual você os acha nas lojas de penhores, doações, mercados de pulgas, e coisas do tipo.
Eles, geralmente, são divertidos; mesmo se forem não-jogáveis (o que freqüentemente são), as traduções erradas e qualidade ruim fazem deles involuntariamente engraçados.
Eu consegui achar a maioria dos que joguei online, mas há um sobre o qual eu nunca vi nenhuma menção. Eu o comprei num mercado de pulgas há mais ou menos cinco anos.
Essa é uma foto da fita, caso alguém reconheça. Infelizmente, quando eu me mudei há dois anos, eu perdi o jogo, então não posso oferecer nenhum screenshot. Desculpe.
O jogo começou com a familiar introdução do Nidorino e do Gengar que aparece nas versões Red e Blue. Porém, a tela de “press start” havia sido alterada. Red estava lá, mas os Pokémon não passavam atrás dele. Também dizia “Black Version” embaixo do logo de Pokémon.
Depois de selecionar “New Game”, o jogo começou com o discurso do Professor Carvalho, e logo ficou evidente que o jogo era, essencialmente, Pokémon Red.
Depois de selecionar seu inicial, se você olhasse para seus Pokémon, você tinha, em adição a Bulbasaur, Charmander ou Squirtle, um outro Pokémon – “GHOST”.
O Pokémon estava no nível 1. Tinha o sprite dos fantasmas que aparecem em Lavender Tower antes de obter o Silph Scope. Tinha um ataque – “Curse”. Eu sei que tem um ataque real chamado Curse, mas o ataque não existe na primeira geração, então parece que foi inserido lá.
Os Pokémon dos oponentes eram incapazes de atacar Ghost – dizia apenas que eles estavam assustados demais para se moverem. Quando o ataque “Curse” era usado em batalha, a tela ficava preta. O grito do Pokémon do oponente era ouvido, mas era distorcido, tocado num tom muito mais baixo do que o normal. A tela de batalha, então, reaparecia, e o Pokémon do oponente tinha sumido. Se usado numa batalha contra um treinador, então as Pokébolas representando seus Pokémon apareceriam num canto, e ele teria uma Pokébola a menos.
Implicava que o Pokémon havia morrido.
Mais estranho ainda era que, depois de derrotar um treinador e ver “Red recebeu $200 por ganhar”, os comandos de batalha apareceriam novamente. Se você selecionasse “Run”, a batalha acabaria como normalmente acaba. Você também podia selecionar Curse. Se fizesse isso, ao retornar para o mundo fora da batalha, o sprite do treinador sumiria. Depois de sair e entrar de novo na área, o lugar onde o treinador estava seria substituído por uma tumba igual às de Lavender Tower.
O ataque “Curse” não era usável sob todas as circunstâncias. Falhava contra Pokémons Fantasma. Também falhava quando era usado contra treinadores que você teria de ver novamente, como seu rival ou Giovanni. Era usável na sua batalha final contra eles, no entanto.
Eu percebi que esse era o truque do jogo, permitir que você usasse os anteriormente incapturáveis Ghosts. E porque Curse deixava o jogo tão fácil, eu acabei usando-o durante toda a aventura.
O jogo mudou um pouco após de derrotar a Elite Four. Depois de ver o Hall da Fama, que consistia em Ghost e alguns Pokémon de nível baixo, a tela ficou preta. Uma caixa apareceu com as palavras “Muitos anos depois...” Lavender Tower, então, apareceu. Um velho estava parado, olhando para as tumbas. Você então percebia que esse homem era o seu personagem.
O homem se movia na metade da velocidade que o personagem normal se move. Você não tinha nenhum Pokémon com você, nem mesmo Ghost, que nesse ponto era impossível de remover do seu time colocando no PC. O mundo estava completamente vazio – não havia pessoas. Porém, ainda havia as tumbas dos treinadores nos quais você havia usado Curse.
Você podia ir a qualquer lugar do mundo nesse ponto, apesar de que seus movimentos estavam limitados pelo fato de que você não tinha Pokémon para usar HMs. E, não importasse aonde você fosse, a música de Lavender Town continuava num loop infinito. Depois de andar por um tempo, eu descobri que, se você fosse através da Diglett’s Cave, um dos arbustos cortáveis que normalmente bloqueia a saída no outro lado não estaria mais lá, permitindo que você avançasse e retornasse até Pallet.
Logo que você entrasse na sua casa e fosse até o exato ponto onde você começa o jogo, a tela ficaria preta.
Então o sprite de um Caterpie aparecia. Era substituído por um Weedle, depois por um Pidgey. Eu percebi, enquantos os Pokémon progrediam de Rattata para Blastoise, que esses eram todos os Pokémon nos quais eu havia usado Curse.
Depois do fim do time do meu Rival, um Youngster apareceu, então um Bug Catcher. Esses eram os treinadores que eu havia Amaldiçoado.
Durante a seqüência, a música de Lavender Town estava tocando, mas o seu tom lentamente diminuía. Na hora em que o seu Rival aparecia na tela, era não mais do que um murmúrio demoníaco.
De novo, a tela ficou preta. Alguns momentos depois, a tela de batalha subitamente apareceu – seu sprite de treinador era agora o de um velho, o mesmo que te ensina como pegar Pokémon em Viridian.
Ghost aparecia no outro lado, junto com as palavras “GHOST wants to fight!”.
Você não podia usar itens, e você não tinha Pokémon. Se você tentasse correr, você não podia escapar. A única opção era “FIGHT”.
Lutar, imediatamente, fazia com que você usasse Struggle, que não afetava Ghost, mas tirava um pouco do seu próprio HP. Quando era a vez de Ghost atacar, simplesmente dizia “...” Eventualmente, quando seu HP atingisse um ponto crítico, Ghost finalmente usaria Curse.
A tela ficava preta uma última vez.
Independentemente dos botões que você pressionasse, você ficava permanentemente naquela tela preta. Nesse ponto, a única coisa que você podia fazer era desligar o Game Boy. Quando você jogasse de novo, “NEW GAME” seria a única opção – o jogo havia apagado o file.
Eu joguei esse hack muitas, muitas vezes, e todas as vezes o jogo terminou com essa seqüência. Várias vezes, eu nem usei Ghost, apesar de que era impossível de removê-lo do time. Nesses casos, não foram mostrados nenhum Pokémon ou treinadores, e simplesmente passava direto para a climática “batalha com Ghost.
Eu não tenho certeza de quais foram os motivos por trás do criador desse hack. Não foi amplamente distribuído, então, presumivelmente, não foi por ganho monetário. Era muito bem feito para ser um bootleg.
Parece que ele estava tentando passar uma mensagem; apesar de parecer que eu sou o único recebedor dela. Não estou certo do que era – a inevitabilidade da morte? A inutilidade dela? Talvez ele estivesse simplesmente tentando injetar morbidamente morte e escuridão num jogo infantil. Independentemente disso, esse jogo infantil me fez pensar, e me fez chorar.

Deram sorte, sem espíritos para vocês dessa vez. Que pena, eu queria algo mais assustador.
Enfim, não joguem hacks, tá bom? Falou a garota que jogou Chaos Black, Light Platinum e Psychic.
Ah, e acostumem-se, ainda vão ter muitos creepypastas por aqui.

2 comentários:

  1. Eu queria joga esse jogo '-'
    eu conheço uma creepypasta do pokemon chamado "Lost Silver" n sei se tem aqui, masse n tiver poderia posta-lo ^^
    Bjs :*

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  2. Eu também, parece ser maneirinho...
    Tem várias do Pokémon, Lost Silver tem aqui sim. c:

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