quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O verdadeiro bullying

Adoro quando chega o dia de postar creepypasta. ♥
Eu não sei quando e onde o creepypasta de hoje foi postado, mas ele é bem mais curto do que os outros né, creepypasta de Majora's Mask com 19 páginas. Não tem espíritos, então, não se preocupem, nada vai agarrar seus pés à noite.
Apesar de ser sobre um game em que eu nunca sequer pus minhas patinhas, eu gostei. Bastante. Dá aquela agoniazinha enquanto se lê... Adogo.
Enfim, deleitem-se ou não:




Por volta de 2006, eu gostava muito de games da Rockstar, como GTA e Manhunt. Nem preciso dizer que, quando Bully foi lançado, eu fiquei bastante animado por ver que a Rockstar tinha criado uma nova franquia. Infelizmente, quando o jogo saiu, eu estava procurando emprego, e meu dinheiro para videogames era quase inexistente.


Eu peguei uma grana emprestada de alguns amigos e consegui o bastante para comprar o jogo usado. Naquela época, no lugar onde eu morava, havia uma loja de games escondida. Eu fui lá um dia e perguntei se eles tinham Bully usado. Claro, eles tinham, já que alguém devia ter zerado o jogo e vendido de volta. A cópia mais barata não tinha o manual nem a caixa. Quando eu comprei, era só uma caixa de CD com o nome “Bully” escrito no próprio CD. O vendedor me disse que havia sido testado e era legítimo, então eu comprei-o mesmo assim, pensando que, se não funcionasse, era só devolver. Eu o levei para casa e coloquei-o no PS2, ainda animado e ignorando a embalagem esquisita.
Por mais estranho que pareça, não havia seqüência de abertura, não aparecia o logo do distribuidor nem da companhia, nada. No momento em que eu o coloquei, ele foi direto para o menu, onde aparecia apenas “Play game”, “Options” e “Exit”. Era muito simples: preto no branco com fonte Times New Roman ou Arial. Não consigo me lembrar exatamente qual era. Eu apertei “Options” primeiro, já que o game estava um pouco escuro na minha tela, mas não funcionou. Eu ajustei a televisão e continuei apertando “Play Game”. Tudo parecia normal. Os gráficos eram exatamente como eu pensei que seriam, muito parecidos com os de GTA. Eu achei o jogo bastante divertido e inteligente. Porém, havia apenas um glitch. Tinha essa pessoa no game que era apenas o modelo de um garoto, completamente preto. Ele não tinha rosto nem roupas, e ficava apenas deslizando por aí (sem uma animação de andar), com os braços do lado do corpo. Eu não podia interagir com esse personagem, e ele emitia um som estático toda vez que eu chegava perto. Eu o apelidei carinhosamente de “Homem Sombra”, e aprendi a ignorá-lo.
Mas foi só no último capítulo que as coisas começaram a ficar estranhas. Eu estava andando em Blue Skies Industrial District quando vi o Homem Sombra de novo. Eu comecei a me afastar, mas vi a flecha azul sobre a cabeça dele; é o que os outros têm quando querem um favor. Só por curiosidade, eu me aproximei e cumprimentei-o. Ele fez uma animação que fez parecer que estava prestes a me dar algo, mas o jogo começou a dar uns pulos e logo parou completamente. Meu PS2 desligou e eu fui ligá-lo, mas ele estava fora da tomada. Eu coloquei-o novamente na tomada e continuei jogando, confuso, mas sem preocupações.
Eu voltei ao save point em que estava antes. O Homem Sombra estava lá com a flecha sobre sua cabeça. Dessa vez, ele simplesmente me seguiu de longe, e eu falei com ele de novo. Havia apenas estática na voz dele, e parecia que uma voz baixa estava falando, como se estivesse me pedindo algo. Eu aceitei, imaginando o que seria, mas quando olhei para o canto, tudo o que vi foi a palavra “Kill” (mate). Eu não sabia o que isso significava, mas continuei com o jogo, de qualquer forma. Eu ignorei-a pelo resto do game. Mesmo quando eu dormia dentro do jogo, a palavra não sumia. Tudo o que eu podia fazer era fingir que não estava lá. Então, chegou a hora do Confronto Final. A missão veio logo depois da missão anterior, o que eu achei normal. Eu joguei-a normalmente, mas, quando estava prestes a nocautear Gary, o game deu pau por alguns momentos e depois voltou. Eu apertei alguns botões, mas Jimmy estava se movendo por vontade própria. O jogo subitamente havia se tornado foto realístico. Com Gary ainda caído, ele pegou uma faca e enfiou-a no cotovelo de Gary, bem na junta. Havia gritos sob a estática e Jimmy tirava facas do nada continuamente, colocando-as nas juntas de Gary até que ele ficou lá parado, gritando de uma maneira grotesca.
Então Jimmy reapareceu no meio da escola, antes de ir para o ar livre, e quando ele passava, ele movia sua mão, ainda segurando uma faca, através das gargantas dos outros estudantes. Eles simplesmente caíam de joelhos. Eu assisti com terror e fascinação, pensando se era assim que o jogo deveria ser. Horrorizado, eu observei enquanto Jimmy caminhava até Petey, seu fiel parceiro. Jimmy agarrou-o e ele começou a se contorcer. Sem misericórdia, Jimmy enfiou a faca no olho do garoto e arrancou-o. Ele repetiu o processo com o outro olho antes de deixar Petey, agora morto, no chão. Ele ainda estava sangrando e suas cavidades oculares estavam grotescamente pretas. O jogo ficou preto e tudo o que restou foram duas palavras: “Errand completed” (incumbência completa).
Meu PS2 desligou de novo e eu tirei o game, colocando-o de volta na caixa e decidindo esquecer sobre tudo aquilo.
Recentemente, eu encontrei o jogo e decidi colocá-lo só pelos velhos tempos, para ver se ainda funcionava. De novo, começou sem introdução e o menu principal ainda era o mesmo. Eu apertei “Play game” e o jogo estava completamente normal. Eu ainda jogo-o até hoje, mas, às vezes, eu juro que posso o Homem Sombra pelo canto do olho.

Esse aí é tranqüilinho, quero achar algo pior pra vocês por que Stephen King não escreve creepypastas?.

Um comentário:

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