quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Killswitch

Se você tiver algum creepypasta, mande para damasegames@gmail.com




"Na primavera de 1989, a Karvina Corporation lançou um game curioso, cuja disseminação entre estudantes americanos naquele outono foi rápida e furiosa, apesar de que sua popularidade durou pouco.
O jogo era “Killswitch.”

À primeira vista, era uma variação de terror ou survival horror, um precursor para as franquias Myst e Silent Hill. A narrativa mostrava a complexidade pela qual a Karvina era conhecida, apesar dos gráficos serem monocromáticos, vagas formas cinza e brancas contra um fundo preto. Lentas versões MIDI de canções tchecas típicas tocavam durante o jogo. Os jogadores podiam escolher um entre dois avatares: um demônio invisível chamado Ghast ou uma mulher humana visível, Porto. Jogar como Ghast era consideravelmente mais difícil devido à sua total invisibilidade, e jogadores geralmente recomeçavam o jogo como Porto depois do primeiro nível, no qual era impossível pular ou mirar. Porém, Ghast era claramente o personagem mais forte – ele tinha hálito de fogo e um ataque de vapor de carvão, mas como localizar na tela um demônio invisível que soprava fogo e soltava veneno depois que o fogo e o vapor se esgotavam estava acima do nível de habilidade da maioria dos jogadores, Porto se tornou mais ou menos a personagem padrão.
A habilidade singular de Porto parecia ser crescimento aleatório – ela se expandia e contraía ao longo do jogo. Um estudante de engenharia do Kansas alegou ter descoberto o padrão envolvido, mas, por razões que se tornarão óbvias, seu trabalho se perdeu.
Porto acorda no escuro com ferimentos nos cotovelos, confusa. Procurando por um modo de sair, ela sobe pelos níveis de uma mina de carvão, na qual é lentamente revelada que ela era uma funcionária, investigando a queda e cercada por todos os lados por demônios similares à Ghast, assim como capatazes mortos, golens de carvão e inspetores demoníacos da corporação Sovatik, cujos corpos retangulares eram vestidos em vermelho, a única cor no jogo. O ambiente, apesar de primitivo, se torna genuinamente estranho enquanto o jogador progride. Não há nenhum “chefão” – Porto simplesmente precisa se mover através de túneis para chegar aos próximos níveis enquanto seu tamanho varia demais nos espaços dentro dos níveis.
A história que emerge da descoberta que Porto faz de fitas magnéticas, arquivos, trabalhadores mutilados da fábrica que eram seus amigos, e da decifração de um código incrivelmente complexo inscrito numa série de machados de ferro que os jogadores precisam coletar (essa parte do jogo era quase comicamente complexa, e derrotou muitos jogadores até que “Porto881” postou a cifra num BBS de Columbia. Tentativas de contatar esse jogador foram mal-sucedidas, e o usuário não está mais em uso em nenhum serviço conhecido) é que os capatazes, sob pressão para aumentar a produção de carvão, começaram a falsificar relatórios de defeitos e conduta ilegal dos trabalhadores, a fim de justificar a baixa produção, o que incitou uma inspeção da Sovatik. Oficiais foram despachados, um para cada mineiro, e uma extraordinária história de tortura revela-se, com gráficos bagunçados e indistintos de homens vestidos de vermelho parados em cima dos trabalhadores, inserindo pequenas facas em suas juntas a cada vez que a produção ficava devagar. (É verdade que essa não é uma crítica muito sutil às táticas industriais da era soviética, e como a própria cidade da Karvina fora devastada pelo afastamento da indústria de carvão, mais de uma teoria interpretou Killswitch como uma crítica política.)
Depois de resolver o código dos machados, Porto encontra e monta um gravador, no qual uma voz masculina lhe diz que os fogos da terra se levantaram em sua defesa e corriam nos corações dos equipamentos pré-revolução decrépitos que usavam e os despertaram para vingar os trabalhadores. É geralmente assumido que os “fogos da terra” são demônios como Ghast, fumaça de carvão e corpos gasosos habitando máquinas velhas. As próprias máquinas são tão “grandes” que os gráficos preferem apenas mostrar dois ou três dentes de engrenagem ou a correia transportadora do que exibir o aparato inteiro. As máquinas deixaram os inspetores loucos, e eles desapareceram em cavernas com suas facas (apenas saindo para importunar Porto, é claro). Os trabalhadores eram geralmente esmagados e desfigurados nas investidas das máquinas, que não eram graciosas nem discriminadoras. A própria Porto foi empurrada para um abismo por um sistema angustiado, e seu tamanho variável, isso se é real e não imaginado, é resultado da fumaça tóxica inalada lá.
O que se segue é a parte mais críptica e intuitiva do jogo. Não há razão lógica para prosseguir do jeito “correto”, e, de novo, foi Porto881 que veio para o resgate da inexperiente comunidade de Killswitch. Na câmara atrás do gravador, há uma grande fornalha onde carvão era trocado por coca. Não há pistas sobre o que ela deveria fazer nessa parte. Os jogadores tentaram quase tudo, até imolá-la para continuar a processar carvão como se as máquinas nunca tivessem se rebelado. Porto881 descobriu a solução, e postou-a nos fóruns da Columbia. Se Porto ingerir a coca crua, seu corpo vai ficar sob controle, e ela pode continuar seu caminho nos últimos níveis da mina, que são impossíveis de passar em seu estado gigante, sempre com a fita contendo a história extraordinária. Porém, enquanto ela passa pelo último túnel para sair de debaixo da terra, a tela subitamente fica branca.
Killswitch, por padrão, deleta-se quando o jogador completa o jogo. Ele não é recuperável de modo algum, e qualquer traço dele é removido do computador do usuário. O jogo não pode ser copiado. Para qualquer propósito, só existe para aqueles que estão jogando, e, então, deixa de existir por completo. Não se pode jogar novamente, desbloqueando mais segredos ou narrativas, e não se pode deixar outra pessoa jogar, e, talvez o mais importante, é impossível experimentar o jogo inteiro até o final como Porto e Ghast.
Como previsto, a revolta dos jogadores foi enorme. Vários modos de resolver o problema foram buscados, sem resultados. O primeiro e mais comum era, simplesmente, comprar mais cópias do jogo, mas a Karvina Corp. lançou apenas 5000 cópias e se recusou a fazer mais. O que se segue foi extraído de seu comunicado de maio de 1990:
Killswitch foi feito para ser um jogo que proporciona uma experiência única: como a realidade, não é possível repeti-lo, tê-lo de volta, e é ilógico. Pode-se dizer que é até inefável. A morte é final; a morte é completa. Os destinos de Porto e seu amado Ghast são desconhecidos, como os nossos. É o desejo da Karvina Corporation que seja assim, e nós pedimos aos nossos clientes para respeitar essa vontade. Tenham certeza de que Karvina continuará a fornecer os jogos da melhor qualidade para o Oeste, e que Killswitch é apenas uma entre nossas muitas maravilhas.
Isso não teve o efeito esperado. A palavra “amado” despertou o interesse dos dedicados, até obcecados, jogadores, já que Ghast não está presente em nenhuma parte da narrativa de Porto. Uma corrida para encontrar as cópias restantes do jogo começou, com a intenção de jogar como Ghast e descobrir o significado da misteriosa palavra da Karvina. A teoria mais popular era de que Ghast, em algum ponto, se tornaria a fumaça inalada por Porto, mudando seu tamanho e começando sua aventura. Alguns pensaram que isso era pedir demais, que os primeiros níveis de Ghast só seriam passáveis se alguém, de alguma forma, conseguisse jogar com os dois ao mesmo tempo. Porém, nessa época, nenhuma outra cópia parecia estar disponível em pontos de venda. Jogadores que ainda não tinham completado o jogo tentaram jogar os níveis de Ghast várias vezes, mas a dificuldade de jogar com esse avatar enigmático persistiu, e nenhum jogador já alegou ter terminado o game como Ghast. Um por um, a isca do mundo perdido e não terreno de Porto se voltou para ela, e, um por um, eles foram atraídos para a vasta tela branca final.
Encontrar uma cópia usável hoje em dia é uma ocorrência rara, quase impossível; uma cópia ainda na embalagem foi vendida num leilão em 2005 por $733,000 para Yamamoto Ryuichi de Tóquio. É totalmente possível que a cópia de Yamamoto seja a única que resta. Sabendo disso, Yamamoto pretendia exibir o jogo para todos os entusiastas, filmando e postando seu progresso. Porém, até hoje, o único filme que surgiu foi um clipe de um minuto e quarenta e cinco segundos de um Yamamoto abatido em seu computador, a tela de escolha de avatar visível por cima de seu ombro direito.
Yamamoto está chorando."

Final ruim.

Fonte: Invisible Games, já que tiraram da Creepypasta Wikia

22 comentários:

  1. >8(, eu quero jogar este jogoOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOo, ahrhhhhhhhhh. Pq n fazem? se tem tempo de bolar uma história dessaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. é tão dificil assim jogar jogos amaldiçoados q n seja Oujia?! falando nisso, os creepy tão cada vez melhores. acho q sou bipolar....

    ResponderExcluir
  2. Só pra dizer que eu estou COMPLETAMENTE VICIADA nos creepypastas que você posta. Ligia, você é...genial. Obrigada MESMO por essas maravilhas

    ResponderExcluir
  3. @Troll-eve que eu vou continuar chamando de Anon
    Quanto rugido num comentário só, Anon.
    É que bolar história é rápido, fazer o jogo é outra coisa... xD
    E cuidado com a qualidade dos creepypastas, daqui a pouco decai e você fica decepcionado.

    @thewarsong
    Own, MUITO obrigada!! =) Você nem sabe como eu fico feliz quando leio comentários como o seu. :D

    ResponderExcluir
  4. GHAST eu escolho você!!!!!!!!

    - GAAAASTA!!

    ResponderExcluir
  5. Tudo terminou num lindo C-C-C-COMBOBREAKAR

    como jogar isso indeterminadas vezes: VirtualBox my dear. Fazendo umas 30 maquininhas virtuais do sistema operacional com o jogo. 30 tentativas, basta?

    ResponderExcluir
  6. @luiz
    Não estraga a história, menino. D=
    Mas acho que 30 tentativas é o suficiente sim. xD

    ResponderExcluir
  7. Ahé ahé, já que você é esse poço de simpatia, tô aqui lendo os arquivo e vê que você mandou pra alguém o link daquele creepypasta do Bob Esponja...não rola tradução dele? ó____ò

    Apesar que, esse é o creepypasta que eu tenho mais medo, eu realmente não consigo mais ver Bob Esponja por culpa dele MAS É TÃO LEGAL *sem noção*

    ResponderExcluir
  8. Pra falar a verdade, até que rola sim. Na real, daquele creepypasta, a única coisa que eu odeio é a imagem. xD Mas é só pedir que eu faço. =)

    ResponderExcluir
  9. OH *O*
    Na real, eu li o texto daquele creepypasta e não consegui entender direito a história, é como o Suicide Mouse, eu tenho medinho de alguns trechos do video mas dizer que era "imagem perdida da época do guaraná de rolha" é complicado...
    Mas poxa, uma tradução desse do Bob Esponja ia ser o máximo!

    ResponderExcluir
  10. Realmente, segue a mesma linha, episódio perdido com coisas esquisitas, e tal... xD Mas, admito, sou medrosa pra vídeo e nem assisti. XD
    Mas, já que você pediu, Squiward's Suicide então será! =)

    ResponderExcluir
  11. YAY \O\
    Só...por favor, não posta o video, aquele Lula Molusco é perturbador demais ._. (ó eu aqui querendo definir o que entra no post ou não...abafa meu medinho)

    ResponderExcluir
  12. Hahaha, tudo bem! Mas postar o link pode, né? =P

    ResponderExcluir
  13. Há, sem problemas, o link não me dá medo.
    É só eu não ser tapada o suficiente de clicar nele sem saber o que é...mas ai também é demais.

    ResponderExcluir
  14. Não se preocupa, eu digo o que é no post. xD

    ResponderExcluir
  15. Oh shit, I'm late for trollin'! posta o video, posta o video! e a imagem, posta tudo, tirar o sono das pessoas, muahahhaha.

    ResponderExcluir
  16. Mas ela pediu com tanto jeitinho... D=

    ResponderExcluir
  17. Luiz - Summonador de lulas mortas por pedófilos18 de fevereiro de 2011 às 16:58

    DO IT, NOW

    *BANG*!

    You met a terrible fate, ain't it Squid?

    --------------------

    Não percam no próximo episódio de Bob Esponja
    "Lula zumbi" e "o ritual de necromancia musical"

    Aqui na TV Globinnho xD

    ResponderExcluir
  18. Isso que o bagaço é passado pra criança, né HAHAHAHA.

    ResponderExcluir
  19. é... preciso de creepypasta de Yu-Gi-OH!

    mais satanico que isso só nome dos personagens da 3a temporada do DBZ

    ResponderExcluir
  20. Ah, então é por isso que nunca gostei de Yu-Gi-Oh!... Compreensível.

    ResponderExcluir
  21. Só uma pequena correção na tradução: o carvão não era trocado por coca, o carvão era transformado em coque (que é um tipo diferente de carvão).
    "Coke" pode ser "coca", mas também pode ser "carvão coque". ;)

    ResponderExcluir
  22. Para o pessoal que não entendeu o porque do Yamamoto estar chorando, ai vai:
    Yamamoto, como qualquer outro jogador de Killswitch, esta obsecado pela historia de Ghast. Eles só poderiam jogar uma vez, e todos escolhiam Porto. Yamamoto teve outra chance. Ele ja tinha tentado com o Ghast, mas desisitu e tinha zerou o jogo com o Porto. Ele teve essa ultima copia. Sua ultima chance. Ele economizou seus ganhos para isso. Ele comecou o jogo, e na tela de seleção de personagem. Ele não conseguia decidir entre Porto e Ghast.

    Ele ja sabia o que aconteceu com Porto. Mas é frustante jogar com Ghast. Ele só pode jogar uma vez antes de ser deletado. Ele não consegue escolher, ele esta preso em seu proprio inferno, Ele quer jogar com Ghast, mas como todos os jogadores, vai acabar jogando com o Porto. Ele esta obsecado, mas não pode escolher.

    Por causa que ele não pode escolher...

    Yamamoto está chorando.

    ResponderExcluir

Comenta, pelo amor de deus.